Três poemas de Ruy Ventura

 











iluminação  
que mão avança
no negrume dessa tinta
quando a carne brilha,
mesmo oculta nessa sombra?
a tinta não interrompe
a luz intensa
que do olhar
dirige esta viagem.
nem mar, nem vento
– nem essa brancura
que recorta os alicerces
e as paredes –
conseguem melhor voo
nesta tarde.
apenas essa mão,
velha (e perfeita)
segurando-nos
no ouro e na madeira,
esses olhos vigiando
a fortaleza
(pedra e sangue,
carne e tempestade) –
e o segredo de um nome
(o nosso nome)
escorando
nosso fogo
e nossa sede

CULTURA EM CRISE OU CRISE CULTURAL?

A Sociedade da Língua Portuguesa, Instituição de Utilidade Pública, encontra-se presentemente em situação financeira muito difícil. Os subsídios estatais até agora recebidos foram cortados, o que desestabiliza o seu funcionamento e consequentes iniciativas em prol da língua e da cultura, levadas à prática por esta Instituição ao longo da sua vida. Por outro lado, está em vias de ficar sem as instalações que lhe foram precariamente cedidas para sede.   

Pretende-se, porventura, desmoronar mais um importante pilar da nossa cultura?

É urgente mudar este estado de coisas, inverter uma crise de valores que nos atinge a todos naquilo que nos distingue como povo lusófono: a nossa Língua na sua globalidade, em toda a sua abrangência. É a nossa própria identidade que está em causa!

- NÃO AOS CORTES ESTATAIS -

- POR UMA SEDE DEFINITIVA -

- POR UM SUBSÍDIO CONDIGNO -