19 dezembro 2010

Firmino Mendes


Nasceu em Ronfe, Guimarães, Portugal, em 1949. É professor de Língua Portuguesa, na Escola Superior Artística do Porto. Para além de publicar poemas em diversas revistas, tem publicados em livro Ilha sobre Ilha (1993; Prémio de Revelação de Poesia da A.P.E., 1991), Fronteira Animal (1993), Invocação e Ofícios (1995) e Um Segredo Guarda o Mundo (1998).


 

Num jantar literário que reuniu, como habitualmente, algumas dezenas de sócios e amigos da SLP, Firmino Mendes brindou-nos com a sua poesia e ainda com uma dissertação, a que se seguiu animado debate, sobre a Carbonária Portuguesa, suas origens, principais activistas e acções desencadeadas.

Convívio de Natal

  
Um dos bons momentos do convívio de Natal na Sociedade da Língua Portuguesa, no último dia 15 ao fim da tarde. Estranhamente este ano compareceram menos pessoas que habitualmente. Sinais dos tempos, do frio ou da (chamada) crise? Por onde anda a "malta das naus"? Ou já há quem esteja a abandonar o barco? De qualquer modo, todos estivemos animados e bem dispostos. Convivemos a sério, com os olhos postos no futuro e a saber que "não se nasce impunemente nas praias de Portugal". Continuamos vivos, lutadores e com vontade de vencer, nós e a SLP!

09 dezembro 2010

Carlos Carranca - Frátria


 CARLOS CARRANCA: PELA PALAVRA É QUE VAMOS!
José d'Encarnação

A madeira dos meus sonhos
É a minha cruz

Lousã, 27 de Dezembro de 2006)


 
Ainda não perdeu – apesar de tudo! – a capacidade enorme de sonhar grande. Para si, para os seus, para os seus estudantes, para o seu (e ainda nosso!) País!
Desde muito cedo que «o sonho lhe comanda a vida» e esse entusiasmo incute no dia-a-dia através da palavra – a palavra escrita e, sobretudo, a palavra falada/cantada, declamada.
Não foi, pois, sem emoção, sem grande emoção, que o ouvimos no recente serão evocativo de um 25 de Abril que parece fenecer e nós todos não queremos – de modo nenhum! – dele lavrar o epitáfio! Resistir foi a palavra de ordem que Carlos Carranca ali nos deixou, embora, como professor, tivesse querido que a mensagem tivesse ido para o ar na íntegra – pois que há que resistir, ainda que a madeira dos nossos sonhos seja também a nossa cruz.


06 dezembro 2010

Albino Moura

As Palavras e as Sombras
Desenhos e poemas
Edições Dest’Arte
Patrocínio de Jorge Linhares
Galeria Linhares


   Além de pintor de vasto «curriculum», Albino Moura é também poeta.
Assim, as Edições Dest’Arte, na colecção Poesia da Cor, já inaugurada por Miguel Barbosa, publicaram recentemente este belo livro de poemas e desenhos de Albino Moura.
   Sobre papel verde com desenhos da mesma cor, numa tonalidade mais escura, os poemas ganham uma profundidade pela beleza plástica da folha colorida, onde se vislumbram as bonecas inconfundíveis de Albino Moura.
   As Palavras e as Sombras, assim se intitula o livro, abre com um poema dedicado à nossa capital, «Olhares de Lisboa», onde perpassam personagens do quotidiano, sons e imagens que lhe recordam a infância. São «as ruas/ os gritos da miudagem/ o som da guitarra/ na noite iluminada de luar/ a varina» e «o sorriso perdido / nas ruelas/ Lisboa dos meus pintores/ dos meus poetas/ Lisboa a cor/ no olhar da minha infância» que o poeta evoca.

03 dezembro 2010

Manuel Tiago (pseudónimo de Álvaro Cunhal) - Até amanhã, Camaradas

Com o nome de Manuel Tiago foi publicado este livro Até amanhã, Camaradas. Era um nome completamente desconhecido, não identificado. Aliás, o livro abre com uma nota sobre este misterioso autor:
“O original dactilografado do romance, Até amanhã, Camaradas, foi encontrado junto de outros originais, num arquivo formado, no decurso dos anos, ao sabor dos incidentes e de acidentes, na vida agitada daqueles mesmos dos quais o romance dá alguns exemplos típicos.
Desconhece-se quem é o autor. O único exemplar encontrado não tem assinatura.
Só, numa pequena folha apensa e apagada, podia ler-se, em rabisco apressado, o nome Manuel Tiago, pseudónimo de certeza.

Foram consultadas pessoas que poderiam dar eventualmente indicações conduzindo a uma identificação. Sem resultado. O autor fica assim merecendo o título de “homem sem nome”, tal como as personagens do romance.»